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A walk around the Marina Bay Promenade
Portrait @Emerald Hill
Wild Heart
Você, extraordinária
Imagine
Se ao invés de poses e maquiagem
Nós ensinássemos sobre amor próprio e coragem
Aquela imagem no espelho
Seria puro reflexo do extraordinário.//
DT
O nu e suas sobreposições
Vivendo no raso
Aquele no espelho—é sombra
Reflexo maquiado, efeito da modernidade
Que constroe mentira de verdade
Hoje em dia já não vemos mais o nu—é feio, imoral, é vulnerabilidade.
Andamos cobertos, espírito e corpo
Uma falsa liberdade, que não se enxerga—efeito da modernidade
Gritamos por direitos enquanto nossos desejos, presos no idealismo
Berramos por liberdade enquanto comungamos as convenções do modernismo
Confundimos nosso espírito livre com rebeldia
Uma falácia fantasiada—o que é verdade?
Mas seguimos com a alma pintada
Preservando o seio, negando desejos, flagelando nossos anseios
Marchando na ordem convencional
Que é para não expormos nosso peito, preservar nossa moral intangível
E não nos desgastarmos enquanto gastamos a vida
Vivendo no raso
E aos poucos, nossa essência vai escorrendo pelo ralo. //
DT
Superpositions
Pensamos que a fotografia é estática. Mas há movimento até no silêncio—assim como as vezes ele pode ser ensurdecedor, a fotografia constrói coreografias, histórias, conta transformações, causa revoluções. É um movimento, constante, que causa dentro da gente.
A fotografia sempre contou um pouco de mim. Aquele olhar manso sobre a natureza—as cores como rimas em poesia. Aquele sorriso espontâneo depois do “xis” —uma busca constante pelo ser verdadeiro, cru, sem pose. Uma busca pela minha própria essência. Um olhar que vê sentimento, sem muita composição.
Mas na verdade, somos todos uma sobreposição. De preceitos, anseios, desejos, aquilo que a sociedade exige; tudo aquilo que escondemos de nós mesmos. Somos uma constante transformação—constante desejo de ser, outro(a). Somos a soma de cada pessoa que nossa alma encontra e divide histórias, lágrimas, risos. Seremos sempre encontros, desencontros e sobreposições. É da nossa natureza humana reinventar—somos constante movimento.